sábado, 27 de setembro de 2008

Um novo olhar

Quando vi esta foto pela 1ª vez, no pré-vestibula, recebi a informação que o abutre estava esperando a menina morrer para come-la e, ao se preocupar apenas registrar isso, o fotografo havia suicidado. O professor, que me deixou chocada com essa informação, disse que havia uma seqüência de fotos que iria até o abutre se alimentando da criança – nunca encontrei as outras fotos. Passei semana pensando como alguém podia ver uma coisa daquela e se preocupar apenas com um clique perfeito, porque não poderia negar a beleza da foto, com prêmios que poderiam vir.
Entretanto, hoje descobri que essa foto que me deixou dias encucada, era uma foto manipulada. A foto foi registrada em um campo de refugiados ,ao lado da criança havia um hospital, a mãe dela estava perto e o abutre estava esperando, mas era por migalhas de comida que a UNO distribuía para a população local. O fotografo ganhou muitos prêmios por esse clique, porém não compareceu na entrega de nenhum. No lugar dele também não iria, o que diria: “Minha foto ficou perfeita, mas ela não passa de uma montagem de cenário”. O fotografo realmente suicidou, porém não foi pela foto.
Com isso observei a foto com outros olhos. Temos que entender: imagem não é uma linguagem universal, sua significação muda sociolculturalmente.Sei que há muitas fotos denunciando as misérias do mundo, porém deve-se observar o contexto em que elas foram registradas para, assim poder decodificar e entender o que elas dizem.
ps. a imagem esta ruim, porém não me esforcei para encontrar uma melhor.

sábado, 13 de setembro de 2008

obIs=observação importante

Hoje é o aniversário do careca mais chorão e amado do mundo, meu pai.

Filme de hoje: Moça com brinco de pérola

Se passa na Holanda do século XVI, na época da assunção da burguesia, que quebra diversos valores medievais, incluindo a arte. A burguesia começa a utilizá-la para ostentar sua riqueza.
As cenas do filme são baseadas nas obras de um pintor da época - que não lembro o nome –onde é notório o jogo de luz e sombra, o conceito de perspectiva, de profundidade, que fazem o longa parecer um quadro em movimento. Basta ser um pouco observador e não ficar focado apenas no romance(vale salientar que a história do quadro inspirador do filme é fictícia) para perceber a estética do filme.

Texto feito com sono e vendo o gracinha do Gienequine no Jô só poderia ficar assim.
Prometo que voltarei para refazê-lo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nada concreto

Ao assistir uma palestra com Kleber Mendonça Filho, sobre seu novo trabalho(uma vergonha não lembrar o nome do 1º longa do cineasta) uma coisa despertou minha atenção; o porquê da existência dos críticos de cinema. É uma função estranha, pois seus comentários podem acabar com um filme bom e exaltar outro que não mereceria elogios. A critica é uma coisa muito pessoal, pode-se achar um filme péssimo hoje, porém depois de um ano, um mês, um dia ele pode ser o melhor já visto em toda sua vida. E isso não é nenhuma coisa de outro mundo, as pessoas são assim, estão sempre suscetíveis a mudança, incluindo a de opinião, e particularmente essa é a que mais acontece.
Bem, amanhã posso ter outra idéia sobre isso. E nada contra os críticos, sei que tem toda uma avaliação estética por trás da crítica (ou pelo menos deveria haver) para que ela sirva de norte ao público.