sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Para quê omissões e justificativas?

Este é o resultado da minha primeira entrevista caracterizada, sem o comentário critico da minha professora de técnica de reportagem e entrevista, então necessito da compreensão de todos ao perceberem meus erros de percurso.

Ao perguntar à alguém o por quê dela sentir atração pelo sexo oposto, certamente a maioria das pessoas se contentaram com um “porque sim” como resposta. Agora se a pergunta é alterada para o por quê uma pessoa sentir-se atraída por alguém do seu sexo o questionado tem o “dever” de encontrar uma resposta cabível a interrogativa.
Uns explicam que foi a ausência de uma presença masculina na infância, outros se apegam a Platão explicando que só é possível sentir amor pelo semelhante, ainda tem os que procuram respaldo na reencarnação, como é o caso de Carlos Antônio, alegando que na vida passada deveria ter sido uma mulher que não conseguiu se desfazer de suas características femininas nessa vida. As razões são incontáveis e a dúvida que essas explicativas trazem também.
Apesar de alegarem que não se torna homo, se nasce, a maioria dos homossexuais ocultam seus gostos da sociedade às vezes durante toda a vida seja por medo de não ser aceito,seja por vergonha. A verdade é que essas atitudes mostram que o preconceito inicia com o próprio homossexual. Por que se é da natureza do homem sentir instintos, e a atração física faz parte desses instintos, então para que explicá-los? Para que omiti-los? Para que levar uma vida dupla?
Giuseppe Bandeiras,19 anos, decidiu assumir sua vida homossexual a três meses , mas não para todos, e afirma desejar que o pai nunca saiba de sua escolha,apesar de saber que ele já teve experiência homossexual na juventude, Giu tem medo da reação do seu genitor ao ficar ciente do assunto. “Meu pai é cabra macho do interior e não entenderia” afirma.É fato que o preconceito existe, como afirma Carlos Antônio e Giuseppe, e será eterno se os homossexuais não começarem a se enxergarem de forma mais igualitária, vivendo como qualquer pessoa independente de suas opções, mostrando assim que existem questões que não necessitam ser explicadas e sexualidade é uma delas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Relatório sobre o Fórum Mundial Social 2009

Arrumei meus trecos e passei 36hs em um ônibus a caminho do Fórum Mundial Social, em Belém do Pará, para que deveria se chamar Fórum Mundial Comercial. Não devo tirar o chapéu para organização do evento; palestras adiadas, transferida de onde não esta no mapa para o lugar que ninguém encontra. Informantes despreparados, atrasos, comida cara, água nem se fala. O Pará, que apesar de muito bonito, parecia um canteiro de obras e, como os paraenses alegavam, não estava preparado para receber aquela quantidade de gente.A diversidade,essa sim ,foi algo digno de aplausos. Uns hippes vendendo pulseiras,outros fumando baseado por ali, a menina com sua namorada, os índios tatuando com jenipapo verde, outro palestino comento salgadinho, freiras lendo as margens do rio, mulçumanas passando apressadas,indiana ministrando palestra, americanos, europeus e toda América central se esbarrando a todo instante nos africanos, nos brasileiros dos quatro cantos verde e amarelo.A forte mistura do negro com o índio rendeu uma população belíssima, simples e hospitaleiro, que adora uma conversa, falar de como seu cantinho, sua música, sua chuva diária dão gosto de ver. Chuva que, às vezes, alivia o calor daquele clima de só quem esta juntinho da linha do Equador entende. Chuva que vista, sentida no meio do rio Amazonas causa uma sensação impar, principalmente para nós brasileiros que sabemos a importância daquele rio que deixa todo o mundo com o olho gordo para esse canto do nosso país. Foram dois dias para chegar ao Estado paraense, mais seis no lugar destinado e outros dois cruzado São Luis do Maranhão, Piauí para voltar a meu Pernambuco sem igual.